quinta-feira, 2 de maio de 2013

A esperança que não se desespera




A esperança é o oxigênio que nos mantém vivos. Quem não tem esperança vegeta, 
não vive.
 Quem passa os anos de sua existência na masmorra do desespero, acorrentado 
pelo medo
 e subjugado pelas algemas da ansiedade, conhece apenas uma caricatura da vida.
 A vida verdadeira é timbrada pela esperança, uma esperança tão robusta que 
espera até mesmo contra esperança. Foi assim com Abraão, o pai da fé. 
Deus lhe prometeu um filho, em cuja descendência seriam abençoadas todas
 as famílias da terra. Abraão já estava com o corpo amortecido. Sua mulher,
 além de estéril, já estava velha  demais para conceber. A promessa de Deus,
 porém, não havia se caducado. Contra todas as possibilidades humanas, 
contra todos os prognósticos da terra, contra todo  o bom  senso da razão
 humana, Abraão não duvidou por incredulidade, mas pela fé, se fortaleceu, 
dando glória a Deus e esperou mesmo contra a esperança, e o milagre
 aconteceu em sua vida . Isaque nasceu e com ele a esperança de uma 
descendência numerosa e bendita.
A esperança que não se desespera tem algumas características:
1. Ela está fundamentada não em sentimentos humanos, mas na promessa divina. 
Abraão não dependia de seus sentimentos, mas confiava na promessa. Deus 
havia lhe  prometido um filho e essa promessa não havia sido revogada. Abraão já 
estava velho  e seu corpo já estava amortecido, mas esse velho patriarca não confiava
 no que estava  em seu  interior, mas naquele que é superior. Não vivemos pelo 
que sentimos, vivemos agarrados na  promessa. Não devemos nos estribar em
 nossas emoções instáveis, mas na Palavra estável  e inabalável daquele que
 não pode mentir. As promessas de Deus não podem falhar. Ele é fiel  para cumprir
 sua Palavra. Devemos tirar os olhos de nós mesmos e colocá-los em Deus. 
Dele vem a nossa esperança. Ele é a nossa esperança. Nele podemos confiar.

2. Ela está fundamentada não em circunstâncias, mas naquele que governa as
 circunstâncias. A fé ri das impossibilidades, pois não é uma conjectura 
hipotética, mas uma certeza experimental.
 A fé não lida com possibilidades, mas com convicção. O objeto da fé não 
está no homem, mas em Deus. A fé não contempla as circunstâncias, mas
 olha para aquele que está  no controle das circunstâncias. Abraão sabia
 que Deus poderia fortalecer seu corpo e ressuscitar a fertilidade no ventre 
de sua  mulher. Sabia que o filho da promessa  não seria fruto apenas
 de um nascimento natural, mas, sobretudo, de uma ação  sobrenatural. 
A esperança que não se desespera não olha ao redor, olha para cima; 
não vê as circunstâncias, comtempla o próprio Deus que está no controle 
das circunstâncias.
3. Ela está fundamentada não nas ações humanas, mas nas intervenções 
divinas. Abraão  e Sara fraquejaram por um tempo na espera do filho da
 promessa. O resultado dessa pressa foi o nascimento de Ismael. 
A ação humana sem a condução divina resulta em sofrimento na terra,
 mas não em derrota no céu. O plano do homem pode ser atabalhoado, 
mas o plano de Deus não pode ser frustrado. Deus esperou Abraão 
chegar a seu limite  máximo antes de agir. Esperou que todas as possibilidades 
da terra cessassem antes de realizar seu plano. Então, a promessa se cumpriu, 
o milagre aconteceu e Isaque nasceu.
 O limite do homem não  limita Deus. A impossibilidade do homem não 
ameaça Deus, pois os impossíveis do homemsão possíveis para Deus. 
Quando o homem chega ao fim dos seus recursos, Deus ainda
 tem à sua disposição toda a suprema grandeza do seu poder. Deus
 faz assim para que coloquemos nele toda a nossa confiança, para que
 tenhamos nele toda a nossa alegria e para que dediquemos a ele toda a
 glória devida ao seu nome.

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